quinta-feira, 2 de abril de 2009

DOCE AGONIA


numa noite fria e escura
eu vagava sem direçao
com meus pensamentos soltos em meio ao vão
senti um frio na espinha
em meu peito ardia uma agonia
acendi um cigarro para me acalmar

senti suas frias mãos a me tocar
olhei para ver quem estava a me abraçar
seu olhos negros como a noite
me deixei por eles levar
você chegou de mansinho
me envolveu com teus carinhos
sem dar chances para eu escapar

sem dizer uma palavra levou sua boca a minha
não sabia o que pensar
fui me envolvendo pelas caricias
deixei você me dominar

numa noite fria e escura
você veio se alimentar
eu hipnotizado coração congelado
com a morte fui me encontrar

ao raiar do dia a luz do sol não via
pois essa alegria
na noite passado você veio de mim roubar

noite de delirios


as luzes da cidades acesas
eu vago na imensidão de meu ser
ao longe em meio a escuridão
vi você aparecer
de um mero momento
nasceu um sentimento
que não pude conter

você me olhou meio de lado
com seu frio olhar
meu coração bateu em disparado
logo quis lhe conhecer

quando nosso corpos se encontraram
nossos pensamentos viajaram
numa mistura de êxtase e prazer
de um doce prazer
minha agonia vi nascer

quando teus lábios tocaram meu rosto
indo em direcção ao meu pescoço
me fazendo enlouquecer
quando no êxtase nos viajávamos
você me disse meio acanhada seu pescoço vou morder

meu olhos arregalaram-se
mas já era muito tarde
pra eu tentar me defender
você roubando aos poucos o meu ser
sugando meu sangue levemente
e eu numa mistura de dor ou prazer
após ter se alimentado
e eu ainda embriagado
me envolvido por teu ser

depois você se foi
me deixando ali parado
com minha vida ligada a você

hoje vago pelas noites na esperança de te encontrar
e novamente me entregar totalmente
aquele misto de dor e prazer

quarta-feira, 1 de abril de 2009

carta de um suicida pt2



meu querido amor
ao ver seu corpo
por uma corda amarrado
não pude em mais nada pensar
corri a te a cozinha uma faca pequei
para tentar lhe salvar

Mas ao ver o sorriso em seu rosto vi que a morte já vinha lhe abraçar
desesperada fiquei
pois percebi que você eu perderei
para aquela com quem não posso lutar

Com um ultimo beijo apaixonado
vi você me deixar
desesperada e sem muito pensar
eternizei nosso amor naquele triste lugar

pus sobre teu corpo o meu
para a faca nos eternizar
com dor insuportável fiz meu sangue jorra
lavando o santuário
onde para sempre iremos nos amar

fui ao teu encontro
para a morte de mim não te levar




carta de um suicida pt1


de meu sofrimento fiz o momento,
de um amor criei a dor
meu coração cansado de chorar fez um apelo para o meu pensar
mate este corpo para minha alma em paz repousar
então cansado de desilusão
resolvi para minha vida um fim dar
fiz da corda um laço
em volvi meu pescoço como um abraço

de um banco de um salto
e fui com a morte me encontrar
meu corpo suspenso do chão
sei que para o que fiz não tem perdão,
mas neste mundo não poderia ficar
não quero que sobre meu corpo uma lágrima se derrame,
nem que em meu enterro um sorriso se acanhe
por este meu triste pensar
deixei esse mundo mas com vocês eu sempre ei de estar

carta de um suicida pt1

sábado, 28 de março de 2009

NAO ME PEÇA


Não peça de mim
Algo que não posso lhe entregar
Pois sou como o vento
E a ninguém posso me apegar
Não perturbes teu coração
Porém não posso segurar tua mão


Estarei sempre ao teu lado
E se caíres serei eu a te levantar
Todavia nada mais que isso terá
Nos momentos de aflição
Mas não me peça pra segurar tua mão


Pois quando você fraquejar
Não irei de ti zombar
Tão pouco sentirei tuas lágrimas me queimar
Não me peça pra segurar tua mão
Quanto teu fôlego faltar
Pois estarei ocupado tentando fazer você respirar


Não me peça para segurar tua mão
Quando teu corpo tombar no chão
Pois é com elas que irei lhe levantar

Mas se tua respiração não voltar
E se teu corpo eu não conseguir levantar
Eu não segurarei tua mão
Pois é com elas que irei ter eternizar

Todavia enquanto em ti fôlego há
Eu lhe digo que aprenda
Com suas próprias pernas a se sustentar
Pois eu sou e sempre serei uma sombra
Que só está a observar.

OBS: esse poema eu fiz em resposta a um poema de uma amiga minha

domingo, 15 de março de 2009

sem vida

ao quinze anos vi meu espírito ser de mim retirado
vi meu coração sendo petrificado
meu corpo em pedaços
hoje aos 19 não sei quem sou
hum jovem errante a procura de amor
hum espírito que vaga em meio as sombras
não tenho corpo não tenho sinto dor
quem dera eu poder novamente amar
porem quando tento sinto uma grande dor
não posso mais amar....